Os fundos imobiliários, que viraram mania do mercado no fim do ano passado e no início deste, estão sofrendo com a alta dos juros. O índice Ifix, que reúne as cotas dos principais fundos imobiliários negociados na Bovespa, acumula perda de 9,7% no ano, sendo 7,2% apenas em junho, mês em que os juros dispararam nos mercados futuros.
A alta dos juros reduz o interesse por essas carteiras, pois torna novamente atraentes outras alternativas de renda fixa, como títulos do governo ou papéis de bancos.
O Ifix mostra, porém, apenas a perda provocada no preço das cotas. Ele não considera os lucros distribuídos pelos fundos imobiliários aos seus participantes, que continuam atrativos, especialmente por conta da isenção de imposto de renda para pessoas físicas, observa a corretora Geração Futuro. A corretora preparou uma carteira com os fundos que considera as melhores oportunidades no mercado no momento atual, de alta dos juros, e que podem servir de alternativa de diversificação.
Segundo a Geração, alguns fundos estão com projeções de distribuição de rendimentos que superam outras alternativas de renda fixa, com retornos em dividendos que superam 10% ao ano líquidos de imposto. Esse ganho reflete a parcela de rendimento distribuído em relação ao valor da cota. O percentual está acima da estimativa do mercado para a taxa Selic em 2014, estão em torno de 9% ao ano brutos, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central.
A estratégia de escolha dos fundos de investimento levou em conta carteiras que sejam menos afetadas pela alta dos juros, como os ligados a agências bancárias, escritórios e logística, explica a Geração. Além disso, foi considerada a relação entre o rendimento e o valor patrimonial (preço/valor de mercado) do fundo e a renda garantida.
Ficaram de fora os fundos ligados a empreendimentos de varejo, como shopping centers, “dado o cenário de recente inflação, que tende a diminuir o poder de compra, podendo causar vacância nesses estabelecimentos”.
Foram selecionados dez fundos, com retornos anualizados estimados entre 11% e 8,4%. O valor necessário para montar a carteira, segundo a Geração, é de R$ 12.540,00. Abaixo, uma tabela com os fundos, os pesos indicados e o retorno (yield) projetado pelas carteiras e a descrição de cada fundo.
Código | Nome | Peso% | Yield Anualizado % | Preço da cota |
---|---|---|---|---|
SPTW11 | SP Downtown | 15% | 11,10% | 84,9 |
SAAG11 | Santander Agências Bancárias | 15% | 8,40% | 96,09 |
BRCR11 | BTG Pactual Corporate Office Fund | 10% | 8,70% | 136,56 |
HGLG11 | CSHG Logística FII | 10% | 9,00% | 1190 |
BPFF11 | Brasil Plural Absoluto Fundos de Fundos | 10% | 9,10% | 85 |
AEFI11 | Aesapar | 10% | 9,20% | 118,8 |
HGJH11 | CSHG JHSF Prime Offices FII | 10% | 9,20% | 1254 |
THRA11B | Cyrela Thera Corporate | 10% | 9,70% | 92,5 |
FVBI11B | VBI Faria Lima 4440 | 5% | 9,70% | 94,7 |
VLOL11 | FII Vila Olímpia Corporate | 5% | 10,20% | 86,99 |
Total | 100% | 9,40% | N/A |
Valor mínimo estimado para montar a carteira: R$ 12.540,00
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