SÃO PAULO - A PDG conseguiu vender 1.500 unidades de imóveis em sua megaoperação, chamada de "Na Ponta do Lápis", que ocorreu nas últimas semanas. Realizada em 13 estados brasileiros, a operação chegou a dar descontos de até R$ 560 mil, em São Paulo e R$ 500 mil, no Rio de Janeiro.
Pelos 1.500 imóveis vendidos, a PDG faturou R$ 400 milhões - cerca de R$ 266 mil por imóvel, um preço relativamente barato para o mercado imobiliário brasileiro. Embora os preços ainda estejam muito altos, o ritmo de vendas caiu fortemente - forçando as construtoras a realizarem saldões. Esses imóveis, muitos acreditam, estavam "encalhados" - mas apenas uma pequena parte foi vendida, já que o total de unidades à venda era 5 mil.
Há quem diga que existia uma bolha imobiliária e que ela está desinchando ou estourou, mas isso é discutível. Havia, claro, um componente de marketing em uma operação destas, já que apenas a ínfima minoria dos imóveis teve o desconto máximo na venda. Contudo, ela não deixa de mostrar alguma coisa sobre o atual estado do mercado imobiliário, sobretudo para imóveis de preços mais elevados. Esses imóveis, muitos acreditam, estavam "encalhados".
Isso ocorreu após uma década de fortes resultados no mercado imobiliário nacional, que viu o preço dos imóveis disparar e superar não somente a inflação, como o rendimento de vários investimentos. A consequência foi o aumento do número de pessoas que usam imóveis como investimento.
A consequência do vibrante mercado imobiliário paulista e carioca na década passada para muitos parece ter sido uma bolha imobiliária na região. Ao menos é o que pensa Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e candidato a senador por São Paulo, e o economista vencedor do prêmio nobel Robert Shiller.
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