SÃO PAULO – O Ifix, índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários negociados na Bolsa de Valores, quase zerou as perdas no ano. No fechamento da última quarta-feira (11), o índice terminou em 1.372 pontos, o que indica uma queda acumulada de 0,15% em 2014. No dia 10 de fevereiro, quando registrou o menor nível do ano, o índice chegou a atingir 1.231 pontos – nesta data, a queda acumulada era de 10,41%.
O Ifix começou a apresentar reação à medida que o Banco Central indicou que a taxa de juro deveria parar subir. Desde que o BC iniciou o ciclo de aperto monetário, com o aumento da Selic (taxa básica de juro) no ano passado, as cotas dos fundos haviam sofrido um forte ajuste para baixo. Segundo especialistas, isso aconteceu porque os investidores tendem a precificar os FIIs para que o rendimento pago fique próximo da taxa básica de juro. Por isso, quando a Selic sobe, a tendência é que o yield (rendimento) do fundo também aumente – o que acontece por meio da redução do preço da cota.
A corretora XP Investimentos aponta que entre os meses de março e abril houve uma queda no número de investidores de fundos imobiliários para 95 mil CPFs. “O mercado conseguiu conciliar esta troca na base de investidores com um desempenho positivo. Entre março e abril a valorização do IFIX foi de, aproximadamente, 1%, coincidentemente mesmo valor da queda de CPFs”, disse a corretora, em relatório.
Para a XP, a partir do momento que esta troca de base chegar ao fim, e o número de investidores de fundos imobiliários se estabilizar, haverá uma uma recuperação de preços com força ainda maior.
“O último turning point do mercado foi confirmado no final do mês de maio. Ao anunciar a manutenção da taxa Selic em 11% a.a. o BC garantiu uma maior tranquilidade e previsibilidade para que o mercado de FIIs continue com o processo de troca da base [em relação ao perfil e clientes] de maneira sustentável”, disse a equipe da XP.
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