SÃO PAULO – Este ano tem sido marcante para o mercado de fundos imobiliários. Com máxima histórica do IFIX, recorde de cotistas, novas emissões e movimento ascendente do mercado imobiliário como um todo, o cenário se assemelha ao que foi visto na euforia de 2012. O problema? Quem investiu nesse mercado naquele período saiu bastante ferido financeiramente pelas movimentações dos anos seguintes.
Portanto, a questão que vem agora é: 2018 é diferente de 2012? Para falar sobre o assunto, o programa Fundos Imobiliários, do professor Arthur Vieira de Moraes, recebeu nesta sexta-feira (17) o especialista Rodrigo da Costa Medeiros, do Desmistificando FII.
Segundo Medeiros, o momento atual é quase o oposto de 2012 – ano que ele considera “o final de um ciclo bom”. Cinco anos atrás, havia baixa taxa de vacância, quantidade alta de imóveis em construção ou recém-construídos e um período econômico de prosperidade, antecedente a uma quebra. “Agora, estamos no final de um momento de crise. O Brasil começa a deixar a crise para trás, a taxa de inflação está bastante controlada, o que permite queda de taxa de juros”, explica o especialista.
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Embora a taxa de vacância ainda seja muito alta, a visão de Medeiros é que os preços chegaram praticamente ao limite: “não há muito mais para onde cair”. Ao mesmo tempo, existe uma capacidade econômica grande que não está sendo explorada no momento. O momento é, portanto, de oportunidade. Arthur resume: quem entra agora, entra na fase de plantio; em 2012, era a fase da colheita.
Vale lembrar que os mercados diferem: a situação parece quase ideal em São Paulo, mas há cidades, como o Rio de Janeiro, com longo caminho a percorrer antes de sair da crise.
O programa Fundos Imobiliários vai ao ar todas as sextas-feiras, a partir das 15h40, na InfoMoneyTV. Confira a entrevista completa no vídeo acima.
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